Em mais um vídeo da série que vem sendo divulgada pelo Instituto
Lula, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirma que a
esperança é a “palavra-chave que move as pessoas” e deve estar
especialmente presente nos jovens.
“Às vezes digo para os meus filhos: posso perder a esperança porque
tenho 68 anos e vou completar 69 em 27 de outubro. Meus sonhos e
esperanças têm que ser menores do que o sonho e a esperança de um
moleque de 16, 17 anos, que está em casa, que está no iPad falando mal
de alguém”, afirmou.
“Além de sentar na frente da televisão, do computador e xingar todo
mundo, dizer que ninguém presta, é preciso perguntar: o que eu fiz?” O ex-presidente contou que, certa vez, fez um curso no sindicato em
que a professora perguntava sobre os sonhos de cada um e o que estavam
fazendo para concretizá-los.
“Muitas vezes ficávamos decepcionados porque a gente não tinha feito
nada”, disse. “Tem que levantar a cabeça e ter esperança. Tem que
colocar a cabeça no travesseiro e perguntar: O que eu fiz de bom hoje?”
Lula disse que sua mãe também foi um exemplo desse tipo de atitude na
vida. “Eu via a minha mãe, com oito filhos… Às vezes ela não tinha nem
feijão para colocar no fogo e eu não via minha mãe reclamar. Ela sempre
achava que amanhã ia ser melhor”, lembrou. “Em vez de ficar reclamando
daquilo que os outros fazem, daquilo que os outros têm, acho que temos
que trabalhar para coisas concretas.”
O ex-presidente disse que “temos tudo para fazer neste País” e
lembrou a riqueza em biodiversidade e a qualidade do povo brasileiro,
“ordeiro, alegre, resultado de uma mistura extraordinária”.