Um empresário de Tentúgal, ligado ao setor da sonorização de
espetáculos, retirou esta quarta-feira vários objetos da Câmara
Municipal da Nazaré, ao abrigo de uma autorização de penhora do
tribunal, relacionada com uma alegada dívida de cerca de 43 mil euros
que se arrasta desde 2007. A autarquia ameaça responder com uma
queixa-crime.
José
Luís Matos esteve todo o dia em reunião nos Paços do Concelho para
tentar negociar o pagamento, mas a autarquia disse não reconhecer a
dívida por considerar que "nunca foram adjudicados quaisquer serviços" à
empresa em questão, e o empresário acabou carregar "cinco pinturas, uma
dúzia de cadeiras, quatro sofás e um aquecedor", que "era o que estava
disponível".
"Tentámos
tudo, mas nem chegamos a ser recebidos pelo presidente", lamentou o
proprietário da Live Sound, acrescentando que o representante da
autarquia ainda tentou marcar uma nova reunião para o período entre o
Natal e a passagem de ano, mas sem assegurar que aí seria dada uma
solução ao problema. A importância reclamada à Câmara da Nazaré
refere-se ao fornecimento de material de som para o Festival de Sons e
Cores, realizado há sete anos. Na altura registou-se uma tempestade "e
algum equipamento danificou-se", pelo que a fatura apresentada, além do
serviço prestado, incluía também e reparação ou reposição dos aparelhos
afetados, explicou em empresário. Como a edilidade "nunca
respondeu" ao pedido de pagamento, José Luís Matos colocou uma ação em
tribunal, que também "nunca foi contestada", pelo que juridicamente o
empresário alega ter ficado com o direito de exercer a penhora. Mas
segundo o presidente da autarquia, Walter Chicharro, o serviço que veio a
dar origem a este processo foi adjudicado a outra empresa.
Penhoras vão continuar
O material retirado esta quarta-feira da Câmara Municipal da Nazaré tem um valor estimado muito inferior ao total da fatura reclamada por José Luís de Matos. O empresário promete, por isso, não parar com o processo.
Penhoras vão continuar
O material retirado esta quarta-feira da Câmara Municipal da Nazaré tem um valor estimado muito inferior ao total da fatura reclamada por José Luís de Matos. O empresário promete, por isso, não parar com o processo.