Uma investigação da Polícia Civil indica aproximação entre deputados e senadores com uma rede de prostituição em atuação no Distrito Federal. Diálogos gravados por meio de interceptações telefõnicas, feitas com autorização da Justiça, mostram que um agenciador de Porto Alegre, no Rio Grande do SUl, costuma utilizar garotas de programa como uma espécie de "cartão de visita" para se aproximar de políticos. De acordo com o site Metrópoles, em duas interceptações telefônicas os investigadores flagraram o agenciador conversando com dois deputados - um de São Paulo e outro do Rio de Janeiro - e um senador, eleito pela região norte. O membro do Senado demonstrou intimidade com o cafetão e a garota de programa, que chega até a falar com o político. O senador colocou seu gabinete à disposição para ajudá-la no que for preciso, até que ela se estabeleça na cidade. A mulher agradece e diz que quer fazer faculdade no DF. O político insiste em encontrá-la quando ela chegar em Brasília. A polícia tem mantido os nomes dos parlamentares em sigilo, para não atrapalhar a investigação. Os agentes ponderam que eles não são alvo da investigação, mas o cafetão. O Supremo Tribunal Federal deverá ser acionado para investigá-los. O agenciador de garotas de programa costuma viajar para o DF e já chegou a usar a própria esposa, com quem tem dois filhos, como garota de programa. As jovens são atraídas por passagens áereas, hospedagem, carteira de clientes e espaço em um site adulto para veicular anúncios e vídeos. Quando chegam ao DF, elas são orientadas a alugar um dos locais disponibilizados por uma das cafetinas do grupo. Os imóveis são locados diretamente com imobiliárias, em nome dela ou de terceiros, e acabam sublocados para as garotas de programa por R$ 500 a R$ 900 semanais. As jovens são obrigadas a quitar também todos os débitos feitos durante a viagem e já houve relatos de que algumas foram enganadas pelos cafetões. Embora tenham depositado o dinheiro do aluguel adiantado, as chaves dos imóveis nunca foram entregues.
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