A secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup) e a Polícia Civil estadual paraense admitiram que houve uma execução na ação da polícia de reintegração de posse que resultou em dez pessoas mortas (relembre). A admissão vem um mês e meio após o fato ter ocorrido. As investigações e laudos periciais apontaram que não houve confronto com os posseiros ao contrário do que foi alegado pelos policiais. O Ministério Público do Pará (MP-PA) já havia divulgado nesta semana que os indícios sugeriam execução. “Se juntarmos todos os laudos, não tenho dúvida de que não houve confronto. Pelo que foi apurado, tudo indica que não houve confronto e, sim, um desfecho inaceitável”, afirmou o delegado-geral, Rilmar Firmino. Os peritos analisaram 53 armas e a microcomparação balística identificou que ao menos duas pessoas morreram por conta de disparos da Polícia Civil, outra foi atingida por tiros de uma arma da Polícia Militar. Dos 10 mortos, cinco foram assassinados com tiros de uma pistola calibre ponto 40 que não estava entre as 53 periciadas e que não há identificação de posse. De acordo com informações da Agência Brasil, o tiro que matou o presidente da Associação dos Trabalhadores Rurais de Pau D'Arco, Jane Júlia de Oliveira, não pode ser identificado porque a arma era de cano longo, não permitindo que o exame fosse realizado. Nenhum policial se feriu durante a operação, o que gerou suspeitas de que a versão apresentada pelos policiais, de que foram recebidos por tiros, seria o que realmente acontecido. Na segunda-feira (10), 13 policiais acusados de participar da ação foram presos em caráter preventivo.
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