A bancada baiana do PP, formada pelos deputados federais Cacá Leão, Ronaldo Carletto, Roberto Britto e Mário Negromonte Jr., teve uma reunião nesta quarta-feira (12) com o presidente Michel Temer (PMDB). A sigla fechou questão a favor do dele na votação, no plenário do Câmara, da denúncia por corrupção passiva. Caso algum parlamentar dê se posicione contrariamente ao presidente, pode ser punido com expulsão do partido. Em entrevista ao Bahia Notícias. Roberto Britto afirmou que a conversa com Temer, que contou também com a presença do líder do partido na Casa, Artur Lira, e do líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro, também do PP, foi rápida e apenas se destinou a prestar “solidariedade” a ele. “Não houve pedido de cargos e nem negociação de emendas”, se prontificou a afirmar o deputado quando questionado sobre o teor do encontro. Britto ainda demonstrou certo incômodo em votar a favor do peemedebista, mas se disse impossibilitado de fazer diferente, pois quer evitar ser punido pela sigla. “Não somente eu, mas todos os deputados estamos impossibilitado de votar contra o presidente. Eu não tenho como fugir disso aí, sob pena de receber um processo de expulsão”, explicou. O deputado também disse que não deve haver constrangimento com o fato de, na Bahia, o PP fazer parte da base do governador Rui Costa, do PT, principal partido de oposição a Temer, enquanto seus parlamentares votarão favoráveis a ele. “No mundo político, todo mundo compreende as ações políticas. Eu e o deputado Carletto estivemos com o governador quando fomos contra o impeachment da presidente Dilma”, relembrou. O parlamentar baiano também relatou que Temer demonstrou tranquilidade quanto ao não prosseguimento da denúncia paro Supremo Tribunal Federal (STF). “Ele demonstrou confiança na base dele”, contou.
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